
Contas hospitalares: Como reduzir a rejeição nos dias de transmissão do faturamento
- Posted by Renan Alves
- On maio 22, 2019
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- contas hospitalares, faturamento, gestão hospitalar, transmissão

Elas são consequência de uma série de inconsistências geradas no prontuário do paciente, desde sua internação até sua alta.
Nesse período, são comuns problemas como guias não preenchidas, dados incompletos e/ou errados, ausência de assinaturas e procedimentos não autorizados.
Para complicar ainda mais esse cenário, uma prática que vem tomando cada vez mais força entre as operadoras é a de restringir os dias de envio dos arquivos XML’s, tornando-se uma realidade de diversos hospitais, laboratórios e clínicas que possuem dias (às vezes apenas 1 dia) específicos no mês para enviar todo o faturamento.
O desafio de reduzir o índice de rejeição nos dias de transmissão está em conseguir monitorar os cenários nas poucas horas para posterior correção do processo.
Adeus às más práticas
Ações imediatistas e não recomendadas são tomadas no calor do momento por falta de tempo hábil para se devolver uma conta ao setor de autorizações ou para abrir um chamado e aguardar atendimento da área de cadastro.
A prática de tentativa e erro até conseguir transmitir um arquivo XML não deve ser habitual, e para isso é necessário também treinamento constante de sua equipe.
A sensação de “problema resolvido” quando o arquivo finalmente passa sem críticas na operadora é um prazer momentâneo. É claro que existe a possibilidade de se sair ileso, mas quando não, o resumo disso é um só: retrabalho!
E voltando ao princípio de tudo, a saga começa no prontuário do paciente. Geralmente ele é composto por vários dados como:
- Identificação com nome completo,
- Data de nascimento,
- Sexo
- Nome da mãe
- Naturalidade
- Endereço completo
- Anamnese
- Exames
- Diagnósticos
- Tratamento efetuado
Ao longo desse processo, é registrado ainda todos os detalhes que acompanham o progresso do paciente, como data e hora de procedimentos realizados, bem como a identificação dos profissionais envolvidos.
Por isso, registrar com precisão toda a jornada do paciente em seu hospital é crucial para que não haja inconsistências no dia de transmitir seu faturamento.
Vale reforçar, porém, que os erros são comuns e que vez ou outra eles irão surgir. O que não quer dizer comodismo. Todo esforço para reduzir ao máximo os seus gargalos é válido.
Um deles, e que pode ser o ponto de partida para reduzir rejeições durante a transmissão, é implantar a Gestão por Processos.
Mas como implantar gestão por processos no meu hospital?
A transmissão de transmissão de contas hospitalares e faturamento final é resultado de uma longa sequência de eventos e equipes multidisciplinares. E envolve sobretudo a tríade:
- Prontuário
- Faturamento
- Financeiro
Corrigir o processo: isso é exatamente o que precisa ser realizado! Sabemos que não mudamos as pessoas de imediato, mas sabemos que se mostrarmos o impacto do trabalho de cada um no todo, as chances podem aumentar.
Ao estabelecer processos claros e coesos, o resultado é uma melhor integração dos dados.
É como num quebra-cabeça: à primeira vista parece muito complexo, mas à medida que as peças vão se encaixando, o processo se torna mais fácil.
Assim, o faturamento sai de vilão para o papel que realmente deve assumir: o de interlocutor do processo hospitalar no que tange à jornada burocrática do paciente.
Esqueça o vertical: tenha um visão horizontal do processo
É importante ter uma visão sistêmica do suas contas hospitalares e não uma noção departamental. Uma dica é percorrer todo o percurso prévio traçado pelo faturamento, de modo que se ligue todas as partes envolvidas numa perspectiva horizontal.
Desta forma, você consegue mapear pontos de melhoria e estabelecer processos claros para cada etapa.
Nada melhor, portanto, que tornar esse processo visual. Assim, todos os colaboradores podem entender em que ponto estão situados e como seu trabalho impacta no final. É literalmente desenhar para que todos entendam.
Isto exige planejamento e assessoramento contínuo de sua equipe. Com isso, você esclarece dúvidas, alinha pontos e põe a roda para rodar novamente, como num ciclo de melhora contínua.
Importância dos Check-Lists
Uma forma bastante útil é implementar o uso de check-lists na rotina das equipes que lidam com contas hospitalares. Na recepção, por exemplo, o uso de check-lists ao concluir o prontuário do paciente é crucial para evitar erros e diminuir retrabalhos.
Mais isso esbarra numa objeção comum: muito reclama-se da correria e da falta de tempo de quem trabalha com gestão hospitalar.
Fato que não é fácil, mas parte desse gargalo está associado ao retrabalho. Assim, ao implementar processo claros de modo que se evite o retrabalho, ganha-se tempo e redução de desperdícios.
Tente segmentar sua equipe
No dia do faturamento, é comum que algumas equipes acumulem funções de documentar, revisar e enviar os protocolos para o setor de faturamento. Com isso, nem sempre os erros são notados. E o resultado você já sabe: rejeições de guias no dia de transmissão dos faturamentos às operadoras.
Por isso, sempre que possível, estabeleça funções e segmentações claras entre sua equipe.
Desse modo, eles não se sentirão sobrecarregados e irão desenvolver pleno foco na atividade de revisão de contas hospitalares, diminuindo erros, portanto.
Quando informação é poder. E dinheiro.
Hoje, você teria facilmente em mãos as informações abaixo?
– Quais são as dificuldades e as recorrências enfrentadas por sua equipe no dia da transmissão?
– Qual o impacto financeiro de cada cenário?
– Quantos lotes, guias e itens tiveram problemas identificados apenas no dia do envio?
Se a sua resposta para alguma dessas perguntas foi não, você pode estar perdendo informações e a chance de tornar o processo mais eficaz. E pior: perdendo dinheiro.
Não deixe que este cenário postergue o seu prazo de recebimento, tenha em mãos com o ZG Transmissão as principais críticas, dando-lhe a chance de correção anterior à transmissão do arquivo para a operadora.
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